Sou o homem mais desenhado do universo, ou de um país, ou de uma cidade, ou, talvez, o lá da minha rua. Mas sou.
Sou belo, porque alguém, na sua visão o faz sentir. Sou horrível, simplesmente porque sou.
Sou autor das maiores injustiças, sou mau, sou ingrato, sou uma besta... Sou humano, sou gentil, sou amigo. Sou tudo e não sou nada.
Alguém diz que eu sou um vendedor de banha da cobra.
Mas eu vendo alegria e na realidade, nem todos acreditam. Delicio-me com um sorriso, por outro usado, sabendo que fui eu que o forneci.
Até tenho tudo à venda mas há muitos compradores sem valor para comprar, ou até serei eu que vendo muito acima do valor.
Mas sobra-me sempre o argumento, o argumento de poder ser tudo aquilo que a minha loucura me exigir.
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