O livro: PEDRADA NO ESPELHO -A primeira das últimas páginas proibida das vossas vidas


Esta foi premeditada. A menos de 24 horas destas palavras estava em casa, cansado duma noite pouco dormida mas escaldante com Luna. Luna é aquele tipo de mulher morena, lábios sensuais, agitada, delicada e que lhe sai o coração pela boca. Com 23 anos, prometeu devoção ao Marko desde os 16, altura em que se rodeava de conversas de mulheres que discutiam os seus desejos carnais com o mesmo e descreviam fantasias perigosas, proibidas mas apetecíveis. Mais tarde, a morena acabaria por assistir a um espetáculo ao vivo e presenciou na prática o que aquelas mulheres descreviam. Decidida, criou um lugar sagrado e intocável onde permaneciam todos os desejos e admirações de Marko de Sousa. Eu era o seu herói sexual, um género de Sex Symble adormecido.
Luna tinha a imaginação enriquecida com todo este mundo feminino que a cercava. Ela alimentava-se bem das conversas e convertia-las em desejos realizáveis. Sentia profundamente tudo o que criara dentro de si e o seu corpo respondia claramente quando o seu pensamento deambulava. O seu sorriso era interminável, o corpo aumentava para uma temperatura febril enquanto suava sem descrição. O odor das feromonas era percetível e indisfarçável.
Nessa noite, decidiu sair com uma amiga, recusando sair comigo mas planeando um artificial cruzar de caminhos. Questionei-a porque não saíamos os três e num matreiro desejo desabafa que a três sim mas só depois. A pergunta inevitável surge:
- “E aguentas?”
Respondi-lhe fugindo á previsível resposta viril:
- “Não sei, tudo depende de vocês mas a verdade é que me apetece e tudo o que puder, eu vou fazer sem perdão.”
O estímulo já estava a ficar no auge e tudo começava a encaixar-se para um bom final. As dúvidas pareciam ir-se dissipando. As batidas cardíacas aumentavam deliciosamente. O fato de não ter nenhum compromisso e de estar quase curado de sentimentos deixava-me solto e de consciência tranquila. Sabia que tudo se resumia a sexo puro no seu melhor. Olhava em volta e sabia que tinha nas minhas páginas, a página proibida das vossas vidas. O que me proibia? Nada. A quem devia os meus desejos? A mim mesmo. Se devia a mim mesmo, toda a dívida que contraísse era à minha pessoa que tinha de pagar. Melhor que dois, só se for a três.
As fantasias só fazem sentido no momento certo, quando bem ponderadas e com a companhia certa.
Todos nós sentimos os arrepios nos desejos proibidos. Todos nós temos as fantasias mais proibidas, questiono apenas qual de vocês resistiria quando num momento conseguissem reunir todos os ingredientes para as realizar. Muitas das vezes, se houvesse a confirmação sagrada de que nunca ninguém iria saber, nem olhavam para trás. Qual a mulher que não se imaginou entre dois homens ou duas mulheres?!
Os entraves quando imaginamos:
- O ciúme.
- A imaginação de que o nosso companheiro possa fazer o mesmo. (Outro ciúme)
- Como começo? E se perceber que não me sinto á vontade?
- O medo social. E se alguém descobrir?
- A desconfiança de quem esteja connosco. E se ele/ela decidir gozar e gabar-se a outros?!
- O medo do compromisso e dependência. Se ele/ela cobrar pelo que sucedeu? Se quiser repetir sem que eu queira mais, sequer, falar no assunto?
- E se não gostarem do meu corpo?
- E quando terminar, como vou olhar nos olhos?
- Se incluir um companheiro, será que há risco de se apaixonarem?
- Será que o companheiro/a vai gostar mais com uma outra pessoa?
- E se fosse bem longe onde ninguém me conhecesse?
Quando todas estas questões têm resposta certa, raramente falha. Só encontram resposta certa quando se procura e para isso é preciso perder o medo lá no íntimo. Os homens gabam-se abertamente das suas fantasias, geralmente com duas mulheres porque assim juntam o prazer da traição num ato só. A traição é dividida entre quem nós devemos o respeito e terceiros. Com duas mulheres saboreamos o gosto da traição e do multi-relacionamento num momento intenso e carnal, desprovido de sentimentos de culpa e de intenções sentimentais. Todos ficam proibidos ao ciúme e ao sentido de culpa. A mulher é mais complexa. A sua imaginação passa pelas quatro mãos bem ocupadas. Os vários pontos quentes no corpo feminino permite-lhe ser estimulada num grau mais elevado, impressionantemente mais elevado. Entre mulheres cabe-lhes conhecerem mais facilmente todas as sensibilidades profundas. Com homens, a mulher goza o poder da imaginação e a capacidade de ser multi-penetrada e de usufruir de prazeres múltiplos, intemporais, deliciosos. Sempre poderosa em oferecer prazer sem desculpas e não deixando desculpas para uma falha masculina. A sua imaginação consegue conduzir instintivamente os machos apenas com as suas posições de possível encaixe. Encaixe esse que liga perfeitamente á mente de testosterona varonil.
Foi nessa mesma noite que tinha a responsabilidade de criar as respostas para todos esses entraves. Luna estava decidida em me apoiar em todas as soluções. Por ela, nunca haveria um obstáculo inultrapassável, era o momento ideal. Abordou a Íris, outra morena bonita, de cabelos ondulados, aciganados e misturados com extensões que lhe davam a perfeição sexual.

1 comentário:

  1. Tens que continuar....Pois não pode acabar assim!!! Parabéns Marko!! Está bom demais... O teu livro vai ser um sucesso!! Força...Bjs Alexia :-)

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