quinta-feira, 12 de março de 2009

Quando a vela se apaga

A vela apagou. Há momentos que se sente que afinal valeu a pena!
Se pudesse, eu fazia... Mudar de alma, cidade, lembranças, bons-dias, a fraze na entrada do café habitual, os sons da manhã...
Resta-me, como sempre, andar na direcção não sei do quê. Continuo a caminhar olhando para as pegadas que deixo e certamente a chuva as vai desfazer para sempre.
Está a nascer o sol e aquele sorriso sacana renasce.

As tuas mãos eu beijo

Vivi contigo e ainda hoje me caiem as lágrimas. Sim, aquelas lágrimas que se sente prazer em tê-las pela pele, aquecendo um sentimento guardado. Há uma foto da vida que jamais esquecerei. Antes disso vou-te lembrar o que eras e o quanto eu descobri que te amava. Eras um velho chato, mau, duro, inteligente e até eras respeitado por saberes assinar. Ainda me lembro, tão certo como as lágrimas que me caiem neste preciso momento e me impedem de usar o teclado......... Lembro-me do momento mais divertido que tivemos e que te relembrei a escrever o que falavas, que te coloquei um jornal nem sei de que tempo, te obriguei a ler uma página inteira e te vi a sorrir como se fosses mais novo que eu!!! A avó, que mais tarde regressou, apanhou-nos felizes, inclinados naquela mesa antiga e pregada para resistir até ao fim de todos os tempos...
Depois de te relembrar quem eras, ó velho resmungão, vou-te descrever o momento que percebi que te amava tanto que nem eu imaginava!
Depois de mudar a minha vida, voltei para vos rever. Subi as escadas e ao entrar na sala, vi-te sentado naquela tua aliada cadeira de pau, sentado em frente á tua eterna e velha televisão. Aquele objecto que te serve para disfarçar o abandono que NÓS vos oferecemos.
Tu sorriste para mim, os teus olhos deixaram cair a mágoa da força que perdeste, da vida que já não tinhas e fizeste num segundo o que nunca tinhas feito na vida, assumiste a derrota inevitável e eu estava presente.
Ajoelhei-me, dei-te as mãos e beijei-te, senti a dor de quem percebeu que estava próximo de te perder, coisa que sempre recusei. Pior é que tu estavas o suficientemente lúcido para me dizeres tudo com toda a tua energia, como se fosse a última. E eu sorri com tanta dor que nunca te consegui dizer. Filho da puta do tempo que não volta a traz para me poder ajoelhar e novo e dizer-te aquilo que escondi. Se me pudesses ouvir agora dizer-te-ia que as lágrimas me obrigam a demorar uma eternidade a teclar este texto. Voltando ao teu sorriso... As tuas mãos enrugadas apertaram as minhas com a força expressiva e até aquela mão paralisada pela trombose ganhou força extra! Pela 1ª vez vi-te falar sem falares, porque aquilo que sempre escondeste, a emoção, agora era bem visível. Tu rias, choravas, gaguejavas e os teus olhos azuis ficaram grandes como o mundo... Estavas só, cada vez mais só e entregue ao destino e eu, nada fiz, nada podia fazer... Mas devia ter dito que Te amava acima de deus e não o fiz.

Quem não sente, não dança

Por mais voltas que dê, por mais vezes que pise um palco, todas serão como uma 2ª vez.
São raras, muito raras as vezes que não sinto o que danço. Quem não sente não pode dançar porque a dança é um sentimento em forma de arte e tem de contar uma história, transmitir um sentimento, provocar uma emoção...
Sempre que entro num cenário penso na sorte que tenho em poder exprimir-me e ter quem me sinta.
Uma vaidade talvez mas não conheço nenhuma forma de arte que não seja vaidosa e exibicionista e até lhe podem dar o nome que melhor entenderem mas vai encalhar no mesmo porto.
Não sei viver com sentimentos artificiais, sem fantasia, sem partilhar com o meu corpo um sonho, uma expressão, um desabafo, um estado de espírito, um grito da alma...
Se gosto de mim?! Claro que gosto. Se eu não gostar de mim como poderás tu gostar? Ou como seria possível alguém gostar mais de mim que eu?! Só seria possível se esse alguém conhecesse mais que eu próprio e então estaria numa situação indigna ou imprópria porque tenho a responsabilidade humana de me estudar, de me cultivar, de me ouvir e compreender ou estarei doente.

Promoção a palhaço

A promoção a palhaço deveria ser entendida como o reconhecimento de uma arte mas esta é uma acção que tem de ser situada e interpretada perante a personagem que a obteve.
Uma tal personagem de nome Castelo Branco, a tal aberração humana que, como que aproveitando conscientemente um erro da natureza, se transforma no fenómeno. Um tal fenómeno que o envergonha o "social", as "bichas", os gays e todo aquele grupo que ele tenta interpretar dentro de um saco sem respiração. No meio desta embrulhada, o povo decidiu elevá-lo a palhaço. Claro que ele é uma ofensa aos grandes artistas palhaços.
Falando em ofensas, um problema de visão atacou Castelo Branco numa viagem para os lados de Leiria. Para esses lados, e já cansado da longa viagem, o indivíduo leu em vez de Santuário de Fátima", "Circo de Fátima".
Pois é, Fátima não é um circo, é um santuário e deve ser respeitado como tal, até eu que sou ateu jamais me atreveria a desrespeitar os seres humanos que livremente adoram a Santa e o santuário.
Até aqui sou passivo na consideração sobre tais actos que me deixam com muita pena de tal ser humano-palhaço.
Mas há algo que não me pode passar ao lado, nem a mim nem a um ser provido de inteligência e educação suficiente para adquirir o mínimo respeito pelos outros. Essa aberração humana, sem educação, sem princípios e sem respeito, esqueceu-se que a desgraça alheia de seres indefesos jamais deve ser aproveitada, quem o fizer não tem respeito nem escrúpulos e deve ser banida de uma sociedade!!!
Castelo Branco, infelizmente tenho de usar este nome para que se perceba a quem me refiro, pois a palavra certa era MERDA HUMANA, PEGOU EM CRIANÇAS, FILHAS DA DESGRAÇA E APROVEITOU PARA MAIS UMAS PÁGINAS DE PUBLICIDADE Á SUA PODRE IMAGEM, afirmando que queria adoptá-las. Para tal, contactou um batalhão de jornalistas, como alguém com poder compra escravos e os exibe em praça pública.

Bem vindos á Capelinha

Este não é certamente um pensamento pontual. É, POR CERTO, ALGO QUE SE ARRASTA EM MIM. Houve tempos que me arrastavam para a capelinha e tinha obrigatóriamente de ouvir, rezar e o que mais me aborrecia, privar-me da minha curta liberdade. Aqui na minha capelinha só vem quem quer, assim escusam de usar qualquer comentário estupido e exibicionista como "para que é que vou ler esta merda..."... Claro que a resposta está dada, para nada, nem entres, nem percas o teu tempo, nem aborreças o meu espírito.
Por falar em espíritos... Sou ateu... talvez mas com educação puramente cristã. Não comento a vossa fé, respeito pois assim ganho intervalo para respeitarem a minha "falta de fé".
Não quero decepcionar os meus sacerdotes e educadores e sublinho a maior estima e consideração por eles. Não me conseguiram levar á vossa fé mas levaram-me ao issencial, os vossos principios, que hoje também são os meus.
Para si, penamacorence padre Manel, tenho no meu ouvido os seus gritos quando me apanhava distraído a sonhar olhando pela janela (que eram muitas as vezes) e continuo a ter o mesmo carinho por eles quanto eu sabia o carinho que eles tranportavam. Sempre soube que me compreendia.

E...

Quanto á 1ª aula de educação sexual, sr. Frazão, a excepção que permitiu prematuramente ouvir as suas palavras ainda serviram para me orientar pelos papeis calendarizados que as minhas parceiras traziam no bolso, que eu seguia atentamente e já com alguma sabedoria.
Na verdade, só encontrei um louco que me percebia mas ainda era mais aéreo que os meus sentidos, o filósofo Abreu que discutia algumas das minhas teorias não marxistas mas utópicas quanto baste... eu ainda acredito nelas.
O advogado, director de todos nós, é alguém que eu admiro, principalmente porque tinha aquela profissão que nem percebia bem onde a exercia. Em Penamacor, o tribunal era algo que raramente servia para tema de conversa.
Pois é, mais tarde continuarei a dizer as palavras que sempre vos direi.

Tão próximos, tão falsos

Por esta altura interrogam-se: "Porque é que ele não foi para a "1ª Companhia"?!".
Muito fácil, a "ENDEMOL" não é minha, nem eu sou "estrela" indispensável e nem sequer sou "ESTRELA", como tal, uns foram escolhidos... outros não. Claro que, alguns próximos acharam, no seu típico cínismo, comentar e aproveitar o momento para achar que todas as notícias que sairam só foram prejudiciais para o Marko. Enganaram-se.
Para além de não estar fora de questão entrar na próxima edição deste programa, tive mais umas oportunidades de divulgar o meu trabalho e não me apercebi que alguém tenha ficado chateado , incomodado ou deixado de me apoiar por ter falhado a 1ª ou qualquer ediçao da "1ª Companhia". Nunca dependi de programas ou TV para ganhar a vida, ao contrário de "vocês" amigos que nem sequer a tiveram a oportunidade de se "prejudicarem".

terça-feira, 3 de março de 2009

Útilidade pública

As hortas na cidade são tão úteis como as prostitutas na sociedade. Valorizem-nas.